quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Aprender a Ensinar

Carter se prepara para voltar à rotina que se acostumara antes que o mês de julho chegasse. Estudos, trabalho e um pouco mais de compromissos fazem desse semestre um prato cheio para alguém que sempre gostou de ser útil em algo.
A verdade é que depois de passar por tantas experiências marcantes, uma delas transformada em um tipo de "arquivo virtual", Carter agora precisa de algo concreto, para que possa mostrar para sua família que ele não vive só de palavras e monitores. O engraçado é que seus parentes já tinham essa certeza a algum tempo.
Por onde começar? A faculdade não é lá o que ele esperava. Claro que é uma oportunidade e tanto, mas ele sempre sonhou com algo que o completasse de verdade, algo que o fizesse se sentir realizado. Muitas pessoas sentem isso ao ingressarem no mundo acadêmico. Ele não.
Sem querer parecer reclamar de barriga cheia, Carter afirma que a aptidão de cada um se diferencia das que um ou outro possuem. Mas nada melhor que possuir uma certeza de renda para que seus sonhos e suas idéias sejam postas em prática.
Aliás, é isso que ele deseja quando sai à noite para estudar. Ele não ama o curso que faz. Ele o faz por necessidade mesmo. Mas isso não indica que ele não sente prazer em prestar atenção ao que os professores dizem. Pelo contrário, o prazer vem em forma de dever, e quando cumprimos o nosso dever, sentimos que fomos úteis em algo. Como dito anteriormente, ele adora esse sentimento.
Muitos dizem que Carter possui um futuro magnifíco, profissionalmente falando. Aliás, já compararam sua vida pessoal, que não é lá essas coisas, e constataram que ele viverá para o trabalho mesmo. E essa é a verdade. Sua opção é essa.
A crença de que se uma possível estabilização financeira vier, uma estabilização pessoal virá de carona é o que o faz seguir lutando pelos seus ideais. Seu sonho é fazer Relações Internacionais. Poder interagir com a cultura, com a política, com a organização de outras sociedades é sua vontade. Mas na falta de um cachorro, porque não utilizar um gato, não é mesmo? Afinal, o futuro só o nosso destino conhece.
Por ser muito novo, Carter ainda não sente a pressão de ter algo concreto desde já em sua vida. Sentirá, sobre isso não há dúvidas. Mas aproveitar cada segundo que lhe é concedido para aprender aquilo que um dia pode vir a ser algo importante para ele é o seu objetivo primordial.
A arte de aprender vem para suprir uma deficiência existente em grande parte da população do nosso país: a dificuldade em ensinar.
Poder se expressar de uma forma clara e objetiva deveria ser considerado um dever. Porém, nem todos têm as oportunidades que foram oferecidas a ele. Carter sabe disso. Mas não adianta apontar problemas sem encontrar soluções. Criticar todos sabem. Resolver, poucos tentam.
Sua parte vem sendo feita ao longo dos anos. "Toda grande caminhada começa com pequenos passos", já dizia um provérbio Chinês que Carter adora utilizar como base de seus pensamentos.
Se cada um se preocupasse com o gradativo crescimento de seu espírito, talvez essa caminhada não deixasse tantas almas à procura de um motivo para continuarem em movimento.

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