Um sorriso encantador em um corpo escultural. Seu nome? Victoria, carinhosamente apelidada de Vicky. O fim de semana de nosso motivado protagonista se resumiu nesta pessoa. Ao marcar um encontro com os amigos para jogar aquele vôlei sagrado, ele teve o prazer de ver um desejo que já tinha a algum tempo ser realizado. Trata-se de uma garota rara. Tem atitudes de mulher e a alegria de uma criança. Carter, a algum tempo, a olhava de um jeito diferente. Tudo começou quando ele a encontrou em uma festa, dançando e deixando-o meio abismado com sua beleza. Os olhares eram cada vez mais comuns. Com o tempo, os dois vão se aproximando, vão passando fins-de-semana juntos, se divertindo com toda a turma que sempre fez questão de preservar essa união que já dura a algum tempo e que, com certeza, está marcada para perpetuar e ensinar-lhes coisas importantes e maravilhosas.
O primeiro bate-papo aconteceu em uma chácara, onde todos resolveram passar o sábado e o domingo. Na piscina, ela se aproximou de Carter, e os dois inauguravam ali uma das relações mais prazerosas de nosso protagonista. Em suas palavras, Carter diz que ela é pra casar!
Sempre achou isso.O tempo passa. Carter conhece outras pessoas. Vicky faz o mesmo e, para a infelicidade de Carter, firma relacionamento com um outro rapaz. Mas nada que o machucasse tanto, afinal, a relação dos dois não passava de uma amizade repleta de admiração.
Ele não esconde o desejo de estar no lugar daquele tal felizardo.Inveja? Carter não acha. Apenas sente uma leve frustração por sentir uma admiração tão bela e vê-la com um cara que possivelmente não a conhece da mesma forma.
Os meses passam. Carter, sempre sozinho, interage com pessoas maravilhosas. De tempos em tempos, avista Vicky, conversa com ela, a faz rir e cada vez mais tem a certeza de que ela é realmente especial. Somente um trouxa não daria valor a uma pessoa assim.
E o trouxa mostra sua face. Vicky toma um baque quando descobre que o seu namorado a traía, e seu sorriso, responsável por iluminar todos que dela se aproximassem fica ofuscado.
Sincera, como sempre foi, apenas se afasta daquele idiota. Alheio a tudo isso, Carter só fica sabendo de tudo algum tempo depois. E percebe que não poderia ser melhor. Vicky agora se uniu a turma mesmo!
Sempre juntos, procuram se divertir e aproveitar cada segundo proporcionado pela união dessa verdadeira família. O tempo passa. Quase que religiosamente, o encontro da mesma acontece aos domingos. No mais recente, Carter percebe que tudo o que havia acontecido até ali possuía um significado.
Acorda cedo, se arruma e corre para a casa de Vicky, onde toda a turma está esperando para seguir viagem, rumo à chácara onde vai rolar o vôlei dos campeões.
Chegando lá, todos tratam de preparar os "comes e bebes" do dia, para, logo depois, erguer a rede e montar os times. A tarde inteira é repleta de cortes, bloqueios, tropeços e sorrisos. Carter perceber que havia esquecido de passar o protetor solar. Resultado: seu corpo ficou marcado com a "estampa" da camiseta que usava. "E como aquilo arde!", ele diz. Mas não se encontrava espaço para reclamações.
A noite vai chegando, todos se preparam para seguir o caminho de volta. Chegando na casa de Vicky, a família se une para fazer aquele banquete de despedida do fim-de-semana. O que comer? Quem respondeu "Esfiha do Habib's!" acertou. Fizeram questão de comprar uma quantia que até os satisfez por algum tempo, afinal, aspirantes a atleta também se alimentam respeitosamente bem, não é?
A hora de cada um seguir seu rumo vai se aproximando cada vez mais. Carter sabe que Vicky dava sinais de que o queria ali, naquele momento. E ele não escondia de ninguém que o seu desejo também era esse. Mas o nervosismo de um garotinho de 10 anos, prestes a dar seu primeiro beijo toma conta do nosso complexo protagonista. Para todos que estavam de fora, era apenas ele "chegar junto" e conquistar aquele beijo tão sonhado. Mas para Carter, as coisas não são tão fáceis. Ele sempre teve receio de tudo que fosse relacionado ao coração.
Experiências frustrantes o fizeram achar que a solidão é uma benção e que ele deveria preservá-la. Mas naquele momento, não era possível fazê-lo.
Vicky o abraçava de uma forma tão gostosa, que Carter não queria, em momento algum, sair dali. Momentos antes de ir embora, Vicky segue em direção à cozinha. Carter percebe, respira fundo, tentando decorar o que dizer na hora H e a segue. No corredor que leva até esse cômodo, Carter a chama. Ela se vira e ele apenas diz: "Vicky...". Com uma reação quase que instantânea, ela sabe que aquele era o momento do beijo que os dois esperavam a meses.
Carter adora detalhar tudo que vive. Mas no caso do beijo, a dificuldade é maior, pois foi como um furacão de emoções que tomou conta daqueles dois corpos ali, unidos, tornando-se apenas um.
Muitos disseram que ele poderia ter agido antes, mas ele tem certeza que agiu na hora certa.
Vicky o abraça forte e se despede, dizendo que precisa ir dormir, se não o cansaço a pegaria no dia seguinte. O domingo havia sido prazeroso, porém, desgastante.
O melhor é que ela dá um beijo estilo "homem-aranha" em Carter, o que o faz ir ao céu e voltar.
Na segunda-feira, em uma conversa decisiva para os dois, ela o diz "A felicidade, naquele momento, bateu em mim e parou". Melhor impossível.
Se vai durar? Só o destino vai dizer. Mas que agora Carter fará de tudo para que isso aconteça, não restam dúvidas.
Aproveitando cada momento, Carter se despede deixando votos para que todos possam sentir essa alegria ao menos uma vez na vida.